sábado, 9 de janeiro de 2016

Quando tudo para

Mais uma vez, lá estava ela com medo, estagnada. Olhando para o nada e se sentindo culpada por isso.
Mas, algo dentro dela já conhecia bem esse tipo de situação. Era como conhecer seu próprio quarto, o lugar de cada coisa e a sensação de perda em cada arrumação.
Parece que com ela tudo é sempre assim: não pode ser mudado. Se mudar, ela perde o rumo.
Porém, como viver sem mudanças, se até mesmo o céu fica nublado? Como ter medo do novo, se é ele que revigora? Como?
Então, ela pensou. E pensar já é um ótimo começo. Pensou que a vida é andar no escuro, caminhar descalço, sair de casa sem guarda-chuva. A vida é imprevistos e o medo é a tentativa de construção deles. Tentativas falhas, muitas vezes.
Meu conselho para ela é este: improvise. Afinal, tudo não passa de um grande espetáculo.

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