quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A verdadeira magia literária



Quando eu era mais nova e escutava frases do tipo "Os livros transformam a sua vida", sempre pensava que eles podiam mudar a vida materialmente falando.

Entretanto, acho que não entendia muito bem o sentido da frase naquela época. Talvez, por não provar tanto as transformações literárias.

Agora que me interesso muito mais por páginas e páginas escritas, sei que os livros transformam mesmo o nosso ser. Cada personagem traz sua própria lição de vida, seja na figura de uma princesa, seja na imagem de uma pré-adolescente muito peculiar. 

Os livros nos ensinam descobertas científicas, mas também a ser gentis e sonhar com um mundo melhor. Eles nos dão maneiras de amar, respeitar e ser quem somos. 

Tudo isso, pelo menos para mim, foi muito importante. Sinto-me muito mais humana depois que conheci a Estrela, o August e até mesmo o Brás Cubas (que no relato de uma vida amarga, me ajudou a não cultivar o mesmo destino).

Enfim, espero conhecer mais pessoas assim, já que assim que os vejo. Pessoas que têm muito para nos ensinar através das palavras.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Um lembrete para nós...





Um dia desses, escutei a seguinte frase: "O não você já tem, não custa tentar!". E, como de costume, fiquei digerindo-a aos poucos. Palavra por palavra.

Faz muito tempo que frases como essa permeiam a minha vida. Se escuto alguma coisa assim, logo corro para escrever em algum lugar. Acho que é por causa do gás que elas me dão. 

Mas, voltando a sentença em questão, ela me fez pensar no medo de não tentar. Afinal, quanta coisa não perdemos ou ainda perderemos devido a esse pavor de seguir em frente? De tentar o novo?

Quando afirma-se que o não já é nosso, fala-se o óbvio; pois se ainda não tentamos, significa que ainda não temos. O problema é que não enxergamos isso e continuamos a ter medo de algo que já é nosso conhecido. Estranho, não é? Sempre achei o ser humano complexo.

Talvez, eu esteja generalizando algo que está intrinsecamente ligado a mim. Talvez, não. A questão é que o não já está aqui: nas nossas mãos. Então, por que não buscar o sim sem temores?

P.S.: Se tudo der "errado", lembre-se de que nunca é tarde para tentar de novo e de que já tem domínio da situação. Então, siga em frente.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Quando a sensibilidade mudou meu rumo...


Então, aqui estava eu, tentando escrever mais um texto sobre uma frase. Uma frase que, agora, não parece ter mais relevância. Quem sabe em outro momento?

Bom, o fato é que, no mundo, há as pessoas que choram para desabafar e as pessoas que falam para desabafar. Tudo bem, sei que foi uma mudança brusca de assunto. Porém, foi só para esclarecer que o assunto motivador desse escrito é sensibilidade.

Sim. Ser sensível. Algo que a maioria dos indivíduos acham que a minoria dos mesmos são.

Para mim, todos nós temos um pouco desse elemento especial. Afinal, a sensibilidade é algo divino. Ela é importante para a motivação de um artista ou, até mesmo, para ser feliz. Pois, quando há sensibilidade, estamos abertos a novas experiências. Estamos vivos.

Existem tantas pessoas no mundo que agem como "duronas" e inatingíveis, mas em um momento oportuno elas mesmas confessam que tudo não passa de uma máscara.

E aqui concluo meu pensamento: se até mesmo os inatingíveis são sensíveis, será mesmo que existem insensíveis vagando por aí? Estou feliz por achar que não.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Sobre a vida real

Criei um castelo de areia e, agora, ele parece desmoronar. "É fase!", muitos dirão. Talvez, eu até concorde. 

Acontece que a vida parecia seguir para um outro lado da estrada, como se tudo estivesse planejado. Sempre achei que sabia exatamente onde estaria daqui a poucos anos... Mas, só agora que estou tão perto, me sinto perdida.

Esse meu atual estado, ora me faz rir, ora me faz chorar. E, por isso, pareço um caldeirão de emoções. 

Possivelmente, eu esteja amadurecendo ou não. Bom, se amadurecer é ser adulto, tenho bons motivos para não querer isso. Adultos são muito complicados, vivem sempre no "depois".

No fim, não sei se peço a Deus para acelerar o tempo ou se peço para pará-lo. Pausa para o riso. Ou, talvez, para o choro. Não sei ao certo. Escolha o que fazer, pois, se depender de mim, estaremos completamente perdidos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

E seja feliz!


O que é a felicidade? Pergunta difícil, não? Mas, como todas as perguntas, ela pode ter várias respostas. Aqui vai uma delas!

Felicidade é ter para onde voltar em um dia terrível, é ter alguém para abraçar, é conversar com as plantas ou com os bichinhos de estimação, é conquistar o sonho. Em suma, ela é plural.

Não sorrimos sozinhos e, muito menos, somos felizes. Até aquele sorriso solto no ar, sem ninguém por perto, foi provocado por alguma lembrança boa vivida com alguém.

Mas, há algo ainda mais verdadeiro: a felicidade genuína não envolve o "eu" e, sim, o próximo. Quem já chorou de alegria com a conquista de um conhecido, sabe do que estou falando. 

Alegrar-se com as vitórias do outro é ser feliz verdadeiramente. É quase uma epifania. Um acordar. Uma resposta para um milhão de perguntas. Um descanso para as nossas mentes tão atribuladas com os nossos problemas.

Então, abra-se para o próximo sorriso que vier por aí e seja feliz!

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Minha avó na tela da TV

Por que será que o filme "Que horas ela volta?" me tocou tanto? E, mais ainda, por que a personagem da Regina Casé me lembrou a minha avó?

Talvez, porque o filme fala das dificuldades da vida de muita gente por aí. Pessoas que, todo santo dia, pegam ônibus lotados com o objetivo de cuidar da casa e dos filhos de alguém. Pessoas que abdicam da própria vida para melhorar a vida de quem precisou deixar para trás.

Minha avó foi um alguém assim. E tenho certeza de que só conseguia ver ela no rosto da Val, por causa da semelhança do roteiro do filme com a vida da minha avó.

Para além das dificuldades, as duas têm no rosto o sorriso de que tanto gosto. Aquele sorriso que acalma qualquer um. Aquela simplicidade que revigora.

São tantas as semelhanças que, até o apego da Val com o jogo de xícaras, me fez recordar o sonho da minha avó de ter um conjunto de jantar "bem chique". É só com isso que elas se sentem bem: simples conjuntos de louças.

A Val é a minha avó e, enquanto ela falava na tela da minha TV, eu revivia as histórias que a vovó conta sobre a época em que foi empregada doméstica. Eu tenho orgulho de cada uma delas.

A Val é muita gente e é, por isso, que o filme fez tanto sucesso. Para mim, ele se tornou um dos melhores da vida, só porque representa uma das pessoas que mais amo e que mais tenho vontade de abraçar.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Céu estrelado: maior presente

Pontos de brilho na tela azul. Céu estrelado: maior presente.
 
É só levantar a cabeça e contemplar. É só levantar a cabeça e refletir. É só levantar a cabeça e ser inundado pela mais verdadeira alegria.
 
O céu é um presente para todos, mas que nem todos querem receber. São muitos problemas, inseguranças, tantas coisas que consomem o tempo. Tempo que poderia ser usado para usufruir o que já está a disposição, lá em cima.
 
Perdeu-se a vontade do simples. Perdeu-se o valor do que já está em volta. Vive-se procurando coisas e perde-se o que já se tem.
 
Particularmente, posso perder tudo, mas nunca deixarei uma noite estrelada pela artificialidade da vida.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Talvez, a chuva não seja lá fora...


É difícil entender um dia assim como hoje. Domingo nublado.

É como se juntassem em um dia só toda a melancolia do mundo. O domingo é quase sempre sinônimo de tristeza e o céu coberto de nuvens negras também. Embora, não se saiba o porquê disso. O porquê de as pessoas se sentirem para baixo por causa de um nome e um tempo. No final, é só isso que eles são: nome e tempo.

O domingo poderia ser qualquer dia e o tempo poderia ser de céu azul. Mas, a tristeza só vem quando é domingo, quando está chovendo ou quando se unem as duas coisas.

Pensando assim, será que o problema não está nas pessoas? Será que elas colocam o problema no dia e no tempo para tentar esconder suas dores? Bom, pelo que se vê delas, as respostas são "sim". 

Somos desta forma: donos do mundo e escravos de nós mesmos. O mais triste é que a culpa é do domingo, do tempo, da vida e nunca nossa. Talvez, caminhando assim, sempre andaremos melancólicos, já que dentro de nós sempre será um dia como o de hoje.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Quando tudo para

Mais uma vez, lá estava ela com medo, estagnada. Olhando para o nada e se sentindo culpada por isso.
Mas, algo dentro dela já conhecia bem esse tipo de situação. Era como conhecer seu próprio quarto, o lugar de cada coisa e a sensação de perda em cada arrumação.
Parece que com ela tudo é sempre assim: não pode ser mudado. Se mudar, ela perde o rumo.
Porém, como viver sem mudanças, se até mesmo o céu fica nublado? Como ter medo do novo, se é ele que revigora? Como?
Então, ela pensou. E pensar já é um ótimo começo. Pensou que a vida é andar no escuro, caminhar descalço, sair de casa sem guarda-chuva. A vida é imprevistos e o medo é a tentativa de construção deles. Tentativas falhas, muitas vezes.
Meu conselho para ela é este: improvise. Afinal, tudo não passa de um grande espetáculo.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Uma resposta, um dia feliz e palavras



Foi uma noite difícil. Não dava para sonhar. O corpo reclamava de cada movimento, cada suspiro. Situações assim sempre parecem anteceder um dia pesado, sem muitas alegrias.
Mas, é engraçado como tudo na vida pode ser o oposto, exatamente igual a confusão aqui dentro.
Ao contrário do que pensei, olhando para teto e imaginando tantos textos que nem lembro mais, o dia foi feliz. Está sendo feliz. As palavras de alguém o tornaram assim.
Ser a inspiração do texto de alguém não é muito comum na minha vida. Mas, confesso que é uma das melhores sensações.
Já o li umas três vezes e me emocionei em cada uma. E me emocionarei a cada dia que tentar olhá-lo mais uma vez. Tentar, porque o que está escrito é forte demais para mim.
Não estou acostumada a ouvir que influenciei alguém, embora eu ame dizer palavras de incentivo. Talvez, porque faça isso sem a intenção de ser reconhecida, já que os meus hobbys preferidos são me esconder atrás de livros e me refugiar no lugar mais bonito do universo: o céu.
 P.S.: Para o autor do texto, você também é muito importante para o ser que cresce dentro dessa "garotinha" que aqui vos fala. Pode chamá-la sempre que quiser. Ela estará aqui.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Era a noite da Virada, era a noite só deles...


Era a noite da Virada. Ano Novo. Noite de mudanças, expectativas e muita euforia. Mas, para eles, bastava o olhar um do outro. Mais nada.
Enquanto todos se preocupavam com o cabelo, as roupas e até mesmo a ceia, eles se preocupavam com o bem estar um do outro.
O jeito dele tocar o rosto dela, beijá-la, acariciá-la e, no fim, calçá-la, cativou a todos. Até aqueles que já não acreditam no amor puro, leve, sem aparências. Amor verdadeiro. Amor raro.
Há muitos detalhes omitidos aqui, pois prefiro guardá-los em meu coração para lembrá-los nos momentos de desamor e, talvez um dia, vivenciá-los também.
Quer mais um detalhe? Tudo bem... O casal, do qual tanto falei nesse pequeno texto e que sempre ficará guardado nos meus pensamentos, ganhou um presente naquela noite: uma foto; uma lembrança de que naquela noite, em uma canga estirada na areia da praia, existiu amor que cultivado permanecerá para sempre.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Às vezes...


Às vezes, desejo o sucesso. Às vezes, desejo uma vida comum.
Às vezes, quero morar em uma mansão. Às vezes, só uma casinha branca já basta.
Às vezes, quero estudar fora. Às vezes, não quero sair do quarto.
Às vezes, me sinto confiante. Às vezes, me sinto um nada.
Às vezes, quero falar muito. Às vezes, me torno muda.
São tantos "às vezes" em um dia só. Em um segundo só.
Em "constante inconstância" vivo, sinto e, depois, escrevo.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Enquanto espero...





Para muitos, a única certeza da vida é morte. E, talvez, essa seja realmente a verdade. Mas, não significa que os pensamentos durante a caminhada precisem necessariamente girar em torno disso. 
Se no fim do caminho não existe mais nada, então o caminho é o que importa. Todos os acontecimentos, expectativas, céus, estrelas, abraços, tudo isso compõe o que é chamado de vida.
Se no fim do caminho não existe mais nada, então todos são passageiros. Passageiros de uma grande nave espacial que se chama Terra. E, se somos passageiros, tudo não passa de uma longa viagem que precisa ser aproveitada ao máximo.
Enquanto espero, observo. Enquanto espero, vivencio. Enquanto espero, sonho. E, no fim, espero estar satisfeita com a viagem!